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O jornal O Dia publicou nesta quinta um artigo sobre a gravação de um especial de final de ano com o Rei Roberto carlos, que teve a participação de bambas do samba. Leia o artigo e veja o vídeo!
O PAGODE DO REI
Roberto Carlos grava com Zeca e Arlindo
No especial de fim de ano, em 1986, Roberto Carlos, atento à febre do pagode na época, canta a música Pagode do Rei acompanhado por Arlindo Cruz, Sombrinha, Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra, Fundo de Quintal e um irreconhecível e magricelo Zeca Pagodinho. Lembro dessa ocasião, foi bem rápido. Estava tudo pronto esperando o Roberto chegar. Gravamos, mas não teve tempo de conversa com ele, recorda Zeca. Depois ficamos amigos, cantei com ele várias vezes e gravei Cama e Mesa em ritmo de samba.
Feita por Arlindo Cruz e Almir Guineto, o Pagode do Rei traz o refrão: No tempo da Jovem Guarda foi rei/E até hoje não tem pra ninguém/Sonhei, sonhei/Que o Rei cantava pagode também. Antes de começar a filmar, ele custou um pouquinho para desinibir. No final, o Almir puxa um verso e ele responde batendo na boca, como se tivesse falado alguma bobagem. Foi inesquecível. Nunca gravei a música em disco, foi mais uma homenagem, conta Arlindo.
A abertura do programa era o Anderson, do Molejo, ainda um garotinho, chamando o Roberto para conhecer o Cacique de Ramos. O Anderson ficou horas para conseguir gravar isso, porque é gago. Ele já era um cara de pau, mas ali, colocado na frente do Rei, foi como um peixe cheio de espinhas para ele, diverte-se.