May
30
Neste último final de semana, Zeca fez dois lindos shows em SP, no Credicard Hall. Com a casa lotada nos dois dias, Zeca apresentou o show de “Vida da minha vida” com sua talentosa banda Muleke, e ainda recebeu os sambistas Almir Guineto na sexta e Murilão no sábado, para duas canjas sensacionais.
Quem estava acompanhando o twitter do Zeca, pode ver vídeos dos bastidores, um recado do próprio Zeca para seus seguidores no canal, além é claro de muito samba!
E para quem não foi, nem acompanhou a transmissão pelo twiiter, leia aqui uma ótima crítica do show, publicada no site Showlivre.com.
“Zeca Pagodinho. Um pouco de cerveja e muito samba.”
por João Vicente Seno Ozawa
Um público maduro em sua maioria recebeu o sambista Zeca Pagodinho no Credicard Hall, em São Paulo, na sexta-feira 27. (…) Apesar do tempo frio da capital paulistana, a expectativa pelo show era efervescente e apaziguada pelos baldes de cerveja gelada que decoravam as mesas da casa lotada.
Enfim, as cortinas sobem e, após a uma abertura arrebatadora, com a consagrada Verdade, Zeca levanta sua taça e saúda a todos com um brinde. Como é de praxe aos músicos que se entregam no palco, o sambista parece divertir-se de fato: no sorriso tímido, mas incessante, na dança desajeitada, nos gestos que acompanham os términos muito bem arranjados de cada canção.
Aliás, Zeca é acompanhado por uma verdadeira orquestra do samba e, nela, não há nota ou batuque que saia do lugar. Porém, se os arranjos são profissionais, há também espaço para a espontaneidade. Os músicos parecem contagiados pelo entusiasmo do sambista, ao ponto do trompetista do grupo arrancar o microfone de seu instrumento para acompanhar um laiá laiá. É a velha história de uma boa música não ser feita apenas de notas, mas de muito sentimento.
E sobre entusiasmo contagiante, felizes foram aqueles que sentaram-se nas mesas ao fundo e nas plateias superiores (os piores lugares), pois puderam levantar-se e dançar à vontade. Este é o tipo de show em que, a cada minuto, pessoas não resistem a permanecer sentadas e recebem reclamações dos que estão atrás. Porém, se não podiam levantar, grande parte do público acompanhava as canções de braços abertos, estendidos ao alto. Cabe observar como há algo de interessante no samba ser um tipo de música que se recebe de braços abertos.