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Zeca Pagodinho e Almir Guineto são amigos há 32 anos. Por isso, foi uma grande emoção a participação do sambista na gravação do DVD de “Uma Prova de Amor”.

Neste vídeo, uma breve entrevista com Almir, que conta algumas histórias vividas com o Zeca .

Saiba mais sobre Amir:

Almir Guineto é considerado um dos maiores pagodeiros do Brasil. Filho de Iraci de Souza Serra, respeitado violonista e integrante do grupo Fina Flor do Samba, e Nair de Souza Serra – a “Dona Fia” , costureira do Salgueiro e figura ancestral do samba.

Com 16 anos entrou para o grupo Originais do Samba, fundado por seu irmão mais velho, Francisco de Souza Serra – o “Chiquinho”, onde tocou por dez anos. Sua primeira composição foi Bebedeira do Zé, gravada pelos originais do Samba. O “Rei do Pagode” – como ficou conhecido – conduziu a bateria do Salgueiro por 15 anos e ao sair deixou o posto para seu irmão mais novo, o lendário “Mestre Louro”.

Destacado violonista – comparado a Baden Powel por Beth Carvalho – e cavaquinista, Guineto frustrava-se por ser pouco ouvido, nas rodas de pagode do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, no final dos anos 70, em meio à alta sonoridade dos couros de tantãs e pandeiros da época. Foi aí que, acompanhado do músico e humorista Mussum, adaptou o banjo – instrumento utilizado na música country americana – ao samba. Cabe lembrar, inclusive, uma frase de Zeca Pagodinho: “Banjo no samba só existem dois: Almir Guineto e Arlindo Cruz”. Também é neste período que Guineto começa a se destacar, durante os pagodes, como versador imbatível, partideiro incontestável que, devido à sua criatividade e divisão de tempo na aplicação das rimas de improviso, ficaria conhecido como “Mestre do Partido-Alto”.

Apoiado por Beth Carvalho, Almir Guineto oficializaria em 1980 a fundação do Grupo Fundo de Quintal, ao lado dos parceiros Neoci, Jorge Aragão, Sombrinha, Bira, Ubirany e Sereno. Após a gravação do disco “Samba é no Fundo de Quintal”, Almir deixaria o conjunto para cantar, a partir de 1981, em carreira solo. Neste ano, inclusive, Guineto ganharia o Prêmio MPB-Shell de música, sendo agraciado pelo partido “Mordomia”.

Ao longo da década de 80, Guineto destacou-se cada vez mais no cenário musical brasileiro como intérprete e compositor, sendo gravado, além de todos os grandes sambistas do país, por artistas como Elba Ramalho, Nelson Gonçalves, Elymar Santos e muitos outros. De lá para cá, Guineto coleciona 13 discos próprios e outras tantas participações em CDs e DVDs de nomes como Chico Buarque, Beth Carvalho e Martinho da Vila.

Por Chicco Brust (do site oficial do artista)