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Na última quarta feira, 9 de março, os termômetros marcavam 40 graus às oito da noite em Ramos, bairro da Zona Norte do Rio, um dos grandes redutos do samba da cidade.
Dentro da quadra do bloco Cacique de Ramos, ninguém estava ligando para o calor – afinal, a cerveja estava gelada e a música era da melhor qualidade. Na primeira quarta-feira do projeto “Roda de Samba do Fundo de Quintal” o convidado especial foi Zeca Pagodinho.
Zeca estava bastante emocionado por se apresentar no lugar onde foi tantas vezes para ver seus mestres cantarem. Para o artista, o Cacique de Ramos foi “sua pós graduação”.
Nos anos 80, as rodas de samba do Cacique reuniam artistas como Almir Guineto, Bira Presidente, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany, integrantes originais do Fundo de Quintal. O grupo tem uma importância histórica , como afirmam os autores Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, no livro “Dicionário da história social do samba” :
Zeca cantou de clássicos do samba, como “Camarão que dorme a onda leva”, “ São José de Madureira” e “Coração em desalinho”, até seu mais recente sucesso, “Ser Humano” , de seu último disco .