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De A a Zeca: “Patota de Cosme”

Postado em # # # #

Jan

19

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Acompanhado por dezenas de crianças, Zeca Pagodinho posou para a foto que se tornaria a capa do segundo disco de sua carreira: “Patota de Cosme”, lançado em 1987 pela gravadora RGE. O sambista, que nunca deixou a tradição de distribuir doces no dia de São Cosme e Damião, sempre teve seu apreço pelas crianças. E seu primeiro filho, que estava prestes a nascer na época de lançamento do disco, lhe deu a desculpa perfeita para a escolha do mote do disco: a temática da infância.

Zeca na porta de casa, em Cascadura.

Zeca na porta de casa, em Cascadura.

Além da música de trabalho, que emprestou o nome para o álbum, “Menor Abandonado” também está presente. Resultado da parceria entre Zeca, Pedrinho da Flor e Mauro Diniz, a canção apresenta em seus versos um cunho fortemente social:

“Me dê a mão
Eu preciso de você
Seu coração
Sei que pode entender
E o calçadão é meu lar, meu precipício
Mesmo sendo sacrifício
Faça alguma coisa pra me socorrer”
(Menor Abandonado)

À época de lançamento de “Patota de Cosme”, Zeca já era o preferido nas paradas cariocas e também fazia sucesso nos programas de TV. Em agosto de 1987, Zeca e sua banda fizeram sucesso na TV Globo. Clique na imagem abaixo e assista ao vídeo!

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Fonte: Livro “Zeca – Deixa o samba me levar”, de Jane Barboza e Leonardo Bruno, publicado pela Sonora Editora.

De A a Zeca: “Zeca Pagodinho”, o primeiro disco

Postado em

Jan

08

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O show de lançamento do primeiro disco de Zeca Pagodinho lotou o Clube Helênico, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em apenas algumas semanas, o álbum entrou para a lista dos mais vendidos, desbancando grandes nomes da música, e até hoje é considerado um dos melhores da carreira do sambista.

E com razão: O disco contém alguns de seus maiores sucessos, do tipo que sempre aparece nos shows, como “Judia de mim” e “Coração em desalinho”. Aliás, uma das músicas preferidas de Zeca Pagodinho também faz parte dele: “Quintal do Céu”, composta por Wilson Moreira e Beto Sem Braço, exalta o amor e a simplicidade.

Quintal do Céu
O sucesso foi tanto, que Zeca começou a ser requisitado em programas de rádio e TV. Ainda desacostumado com a fama, ele aparece um tanto sério em uma entrevista com a jornalista Leda Nagle, que foi ao ar em agosto – pouco mais de dois meses após o lançamento do disco.


Na contracapa do disco, além da dedicatória de Zeca, está eternizada uma carta do amigo e parceiro Arlindo Cruz. Suas palavras emocionadas traduzem a importância daquele momento para todos os sambistas. Embora o pagode carioca já estivesse mostrando sua força com Almir Guineto, Jorge Aragão e Fundo de Quintal, a entrada de Zeca em uma gravadora como a RGE consolidava o gênero, abrindo perspectivas ainda melhores para quem vinha atrás, surfando nessa onda.

“Amigo Zeca, ao saber de sua contratação pela RGE, vibrei! E lembrei de quando nos conhecemos, através de Cláudio Santos Camunguelo, na quadra do Cacique de Ramos, iniciando assim uma parceria que cresce a cada momento, e se tornou nesta nossa grande amizade. Lembrei também de “Dez mandamentos”, nossa primeira música gravada, e de muitos outros pagodes. Lembrei, enfim, de sua trajetória, sempre fiel ao samba, e cheguei à conclusão de que esta é a hora.
É a hora em que as gravadoras estão investindo no samba. É a hora de você, Zeca, com seu sangue novo, sua garra, também fazer e segurar o seu sucesso.
Vá em frente, parceiro!
Mil felicidades!”

Arlindo Cruz